Contaminação do Óleo Lubrificante
A contaminação de lubrificantes, medidas a tomar para o re-aproveitamento do óleo ou o destino adequado do produto contaminado.
A – Contaminações toleráveis em óleos hidráulicos, lubrificantes, de corte, para têmpera e de circulação e que podem ser neutralizados por processo de manutenção simples:
– óleo de mais baixa viscosidade (hidráulico, lubrificante em geral, óleos de corte inativos em relação ao cobre)
– óleo de mais alta viscosidade (hidráulico, lubrificante em geral, óleos de corte inativos em relação ao cobre)
Medidas a tomar: corrigir a viscosidade e complementar a aditivação. Isso pode ser feito através da adição de óleo mais ou menos viscoso do mesmo tipo e procedência. Este procedimento pode ser feito no chão da fábrica, preferivelmente com a supervisão de técnico em lubrificação. É recomendável o controle da viscosidade após o procedimento.
B – Contaminações que podem ser removidas de óleos hidráulicos, de têmpera, de circulação e de corte por processo de manutenção (reciclagem) de óleo:
– água
– poeira
– produtos de desgaste da máquina
– cavacos metálicos oriundos de processos de usinagem
– pequenas quantidades de solvente limpo
Medidas a tomar: filtrar, secar, remover o solvente por destilação, corrigir a viscosidade e complementar a aditivação. Este tipo de procedimento normalmente apenas é justificado economicamente no caso de volumes maiores e pode ser feito no chão da fábrica por meio de unidades específicas para este fim (termo-vácuo) ou por firma especializada e com a supervisão de técnico em lubrificação.
C – Contaminações que limitam a utilização do óleo hidráulico, de circulação, para engrenagens, após serviço de manutenção de óleo:
– óleo de motor aditivado novo
– óleo de corte ativo em relação ao cobre
Sugestão: transformar o óleo em óleo de corte, usar em aplicações secundárias. Esta transformação requer maiores conhecimentos. É justificável apenas no vaso de volumes maiores. Em casos simples pode ser feito no chão da fábrica com a indispensável supervisão do técnico em lubrificação o qual deve, ainda, supervisionar a aplicação correta do lubrificante transformado. No caso de volumes maiores e que exigem correção de viscosidade e complementação de aditivos, isso deverá ser feito preferivelmente por firma especializada e o resultado final deve ser controlado por análises das características importantes e pelo técnico em lubrificação.
Medidas a tomar: filtrar, secar, eliminar o solvente por destilação, corrigir a viscosidade e complementar ou introduzir nova aditivação
D – Contaminações que inutilizam óleo hidráulico, óleo lubrificante, óleo de corte integral, óleo para têmpera, de circulação, para qualquer uso prático:
– solventes em volume maior e sujo
– óleo sujo
– borra (óleo oxidado)
– óleo de motor usado
Medidas a tomar: Destinar o óleo ao rerrefino.
Produtos estranhos em lubrificantes e a sua origem
A tabela seguinte pode ajudar na localização da causa de determinados tipos de produtos estranhos em lubrificantes.
Origem | Causa | Tipo | Efeito |
ambiente | fabricação | areia de fundição
carepa cavacos |
desgaste
desgaste desgaste, catálise |
ambiente | montagem | fibras
solventes lascas de tinta |
obstruções, emperramento
redução da viscosidade e/ou ponto de fulgor desgaste |
ambiente | poeira | sílica | desgaste |
utilização | oxidação | vernizes, asfalto
carbono |
aumento da viscosidade, obstruções
obstruções |
utilização | resíduos do desgaste | partículas metálicas
material de vedação |
desgaste, catálise
aumento da viscosidade |
utilização | vazamentos | água
combustível |
corrosão, formação de emulsão
redução da viscosidade e/ou do ponto de fulgor |
utilização | microrganismos | proteínas | odores, obstruções |
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